Friday, October 06, 2006

Já que o assunto é esse...


Nem sei se estou suficientemente inspirada pra escrever agora, mas ao mesmo tempo minha cabeça não pára de rodar. Como toda mulher (ou por que não dizer PESSOA), eu também vivo me fazendo essas mesmas perguntas e tenho esses mesmos medos que todo mundo tem na hora de se relacionar. Sim, porque vocês sabem que a minha vida amorosa tem sido . Não, mentira. Nem posso reclamar. Estou solteira muito por opção, sim. Porque à essa altura da vida, a gente não cola mais com qualquer um e o nível de exigência sobe bastante. Não, eu não estou fazendo pouco dos relacionamentos que tive, porque vivi cada um deles intensamente e naquele momento era o que eu queria pra mim, ou precisava, ou achava que sim, whatever. O fato é que tudo aquilo que faz parte do nosso passado é o que nos moldou, nos fez o que somos hoje e deveríamos agradecer por tudo isso. Então... onde é que eu estava mesmo? Ah, sim.
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Dar ou não dar, eis a questão. Ou uma delas, melhor dizendo. Porra. Eu penso assim: vc está dando o que é seu. Está dando porque quer. Ninguém está te passando a p..erna, você sabe muito bem o que te espera depois da esquina da Rua 4. Correto? Então, qual é a dúvida? É, deveria ser assim tão simples. Eu sempre pratiquei o modo "faço o que eu quero e foda-se porque ninguém tem nada a ver com isso", mas isso sempre teve um preço alto na minha vida. Não vou entrar no mérito da questão pra não desviar demais o assunto, até porque isso já passou, eu já disse ao mundo a que vim, sabe como é? Aquela velha história do "quem me conhece sabe quem sou e isso que importa"? Anyway. A gente ter esse preço pra pagar é uma faca de dois (le)gumes, mesmo. Porque às vezes você pode ser mal interpretado e aí não adianta mais tentar explicar que focinho de porco não é tomada. E pôxa, eu gosto que gostem de mim. Todo mundo gosta de ser querido, no sentido fofo da palavra, mesmo. Não curto quando passo alguma má impressão de mim, sem querer. Uma coisinha que você diga ou faça e TCHUM!, desmorona tudo. E a verdade é que ainda tem muita gente que encara essa coisa de dar no primeiro encontro como coisa de mulher "fácil". Porra cara, eu sou fácil: fácil de me enturmar, fácil de fazer amigos, fácil de cativar, de agradar, também, porque costumo ver sempre o lado bom das coisas e das pessoas até que me provem o contrário - e todo mundo sabe que fazer a cabeça de um geminiano NÃO É MOLE. Então qual é o problema se eu facilmente resolver ir pra cama com alguém? Aí eu penso "ah, se um cara nos DIAS DE HOJE me achar "fácil" por causa disso eu quero mais é que ele se dane, porque eu sei o que sou e ele que é um idiota de não tentar descobrir, quem está perdendo é ele", mas PUTZ, nem sempre isso funciona.
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Eu hoje estava lendo uma dessas revistas femininas sobre moda/comportamento/relacionamentos e afins e duas matérias me chamaram atenção. Uma falava sobre como se aproximar de um homem e ter sucesso, fazer ele cair na sua e - CLARO - sem ter chance pra más interpretações ou julgamentos. Vinha com uma espécie de 10 mandamentos pra "se dar bem" na parada e conquistar o seu "gato" (gente, o que são essas expressões de revista?!). Rolavam umas dicas de "etiqueta" básicas pra evitar gafes. Toda estratégica. A outra contava o relato de uma mulher sobre sua vida "dupla" - ela era casada, tinha uma boa família, filhos, vida sexual ativa e regular com seu marido, mas adoraaava transar com estranhos. E quando digo estranhos, é estranhos meeesmo, estilo motorista de táxi e ônibus, acessorista de elevador, o surfista no metrô, coisas do gênero. Tá, acabei de ler a matéria achando que essa pessoa deve ter sérios problemas que QUISÁ Freud explica, porque putakiupariu, a mulher dá mais que chuchu na Serra e me parece meio promíscuo isso, de dar pra geral e voltar pra casa/pro marido etc etc (olha o preconceito. Eu mesma, aqui, julgando a pessoa sem nem conhecer, tá vendo?). Mas seja lá o que for, ela dizia estar fazendo o que gosta, se dizia feliz e satisfeita, realizada como mulher e pessoa, então o que dá a mim ou à qualquer outro o direito de tacar-lhe o carimbo na testa?
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"PIRANHA" - PÁ! (o barulho da carimbada na fuça)
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Uma ova! Pode ser sim, pra mim ou pra você, mas o problema é DELA! Acho que as pessoas têm o direito de fazer o que quiserem! É, nesse caso é uma puta sacanagem com o marido dela mas, de novo, o marido não é meu - e nem o problema.
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A grande chave da coisa, eu aprendi com a vida, é que se você der, se você não der, se você fizer tipo, etc etc etc, vai acontecer o que tiver que acontecer. Tá, as atitudes contam também, mas o que importa é ser sempre verdadeiro com você mesmo, fazer aquilo que acredita que seja o certo, e o resto está nas mãos de Deus ou, pros mais céticos, na mão da outra pessoa, mesmo. Sabe-se lá o que o cara acharia de vc ter dado pra ele de primeira ou não? Não dá pra saber até a coisa acontecer! Aí você vai SE tolhir de fazer algo que está com vontade e de repente perder uma ótima oportuninade? Vai que dá certo, que bate, que FICA? Por isso que a vida tem que ser vivida da melhor maneira possível, eu com a minha, você com a sua, MAS COM ALGUMA COISA EM COMUM, hahahaha!
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*Gente, suspende a bebida que a menina tá viajaaaando...!
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(minha irmã ACABOU de dizer que hoje é dia da CACHAÇA, FUDEU!!!)

1 comment:

Anonymous said...

hehehehe, essas questões femininas em vários blogs e a conclusão das mulheres mais velhas (nós- hehehehe) é que faça o que quiseres que não é isso que vai definir quem vc é, certo?

bjs

ps: adorei o texto